Investir é um caminho cheio de possibilidades, e duas possibilidades muito conhecidas no mercado financeiro são os fundos imobiliários (FIIs) e as ações. Mas, afinal, qual dessas alternativas faz mais sentido para cada investidor?
Bem, a resposta depende do perfil do investidor, dos objetivos financeiros e, claro, do quanto está disposto a lidar com riscos. Neste texto, vamos fazer uma comparação direta entre investir em fundos imobiliários e ações, mostrando prós, contras e exemplos práticos para auxiliar na tomada de decisões mais embasadas.
Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.
O que são fundos imobiliários (FIIs)?
De caráter coletivo, assim são os fundos imobiliários, ou FIIs, enquanto investimentos. Na prática, o investidor compra cotas de um fundo que investe em imóveis físicos (como shopping centers, escritórios e galpões logísticos) ou em títulos ligados ao mercado imobiliário. O grande atrativo dos FIIs é a renda passiva: a maioria deles distribui mensalmente uma parte dos aluguéis ou rendimentos aos cotistas.
Vantagens dos FIIs
- Renda passiva: muitos FIIs pagam dividendos mensais, que podem ser uma excelente fonte de renda recorrente;
- Menor volatilidade: em geral, os preços dos FIIs são menos voláteis do que os das ações, o que pode ser interessante para investidores mais conservadores;
- Diversificação com recurso reduzido: a partir de valores bastante acessíveis, é possível investir em uma carteira de imóveis super diversificada;
- Desobrigação da cobrança de IR sobre os dividendos: Os rendimentos pagos por FIIs são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas, desde que o fundo atenda a critérios específicos, como ter no mínimo 50 cotistas e cotas negociadas em bolsa ou mercado organizado, entre outras condições.
Desvantagens dos FIIs
- Taxas: a rentabilidade líquida pode não ser tão alta, visto que taxas de administração e de performance, esta somente em algumas situações, são cobradas;
- Potencial de valorização rápida: os FIIs, em sua maioria, têm um crescimento mais lento em comparação com ações, pois geralmente, o foco com FIIs é gerar renda passiva no longo prazo.
- Sensibilidade à economia: a performance dos FIIs pode ser impactada por crises econômicas, como a redução na demanda por aluguéis.
O que são ações?
As ações são como pedacinhos pequenos de uma corporação. Ao comprar ações, o investidor se torna sócio daquela companhia, participando de seus lucros através de dividendos. As ações podem ser uma excelente forma de construir patrimônio no curto e longo prazo, mas vêm acompanhadas de uma dose maior de emoção, ou seja, de volatilidade.
Vantagens das ações
- Potencial de alta valorização: as ações têm um enorme potencial de ganho de capital, especialmente em empresas ou setores em crescimento;
- Dividendos: algumas ações, como as de empresas consolidadas, pagam dividendos regulares aos acionistas, possibilitando
- Liquidez: o mercado de ações geralmente oferece mais liquidez do que o de FIIs, permitindo comprar ou vender ações com maior facilidade;
- Diversidade de setores: é possível investir em tecnologia, varejo, saúde, energia e muito mais.
Desvantagens das ações
- Maior volatilidade: as ações podem subir e descer rapidamente, o que pode preocupar investidores iniciantes;
- Riscos mais altos: como sócio da empresa, o investidor está sujeito aos altos e baixos do mercado e da economia;
- Exige mais conhecimento: para investir bem em ações, é importante acompanhar notícias, balanços e tendências do setor.
Comparando fundos imobiliários e ações
Agora que já entendemos o que são FIIs e ações, vamos colocá-los lado a lado para uma análise mais detalhada:
Aspecto | FIIs | Ações |
Liquidez | Moderada. É possível comprar e vender cotas, mas o volume de negociação pode ser menor do que o das ações. | Alta. O universo das ações é muitíssimo mais volumoso e suas negociações e operações são diárias. |
Volatilidade | Menor. Os preços são mais estáveis. | Maior. Os preços podem facilmente variar desproporcionalmente em períodos pequenos. |
Rentabilidade | Foco em renda passiva (dividendos mensais). | Potencial de valorização e dividendos. |
Taxas | Taxas de administração e, às vezes, de performance. | Não há taxas diretas, mas existem custos operacionais, como corretagem. |
Perfil do investidor | Conservador ou moderado, buscando renda passiva. | Moderado ou arrojado, disposto a assumir mais riscos. |
Exposição a setores | Mercado imobiliário. | Diversos setores, como tecnologia, energia e consumo. |
Diversificação: a chave do sucesso
Qual o sentido em selecionar apenas um sendo possível ter ambos? Ações e fundos imobiliários podem, sem dúvida e dificuldade nenhuma, coexistir em uma carteira eficiente e diversificada, auxiliando a balancear os riscos e a potencializar os retornos. Enquanto os FIIs oferecem estabilidade e renda passiva, as ações podem trazer maiores ganhos no longo prazo.
Como montar uma carteira diversificada:
- Defina os objetivos: o objetivo é renda passiva, crescimento de patrimônio ou ambos?
- Entenda o perfil de risco: o investidor pode investir mais em categorias de FIIs mais consolidados se for conservador e mais em ações se for arrojado;
- Misture setores e classes de ativos: não coloque todo o dinheiro em um único mercado ou setor.