Historicamente, investir no setor energético tem se mostrado uma boa oportunidade. Afinal, as empresas que atuam nesse segmento costumam ser algumas das mais lucrativas. Quem investe em ações de companhias como a Petrobras (PETR4) sabe disso.
O setor de energia, no entanto, vem enfrentando desafios consideráveis, e isso o tem obrigado a reinventar seus modos de operar. Isso porque as mudanças globais em busca de energias renováveis causam um grande impacto nas empresas tradicionais do setor. Isso porque a busca global por energias renováveis tem causado grande impacto nas empresas tradicionais do setor. Em vista disso, elas precisam criar estratégias para o futuro.
Neste artigo, abordaremos os desafios enfrentados pelo setor de energia no contexto da transição energética e explicar como as empresas estão se preparando para se adaptar a esse novo momento.
Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.
Os impactos da transição energética
A transição para fontes de energia limpas e renováveis é essencial para diminuir a emissão dos gases de efeito estufa, que contribuem para o aquecimento global, e para frear as mudanças climáticas.
Para que o mundo inteiro consiga suprir a enorme demanda de energia, é fundamental passar por uma transição energética, que permita que os países e as indústrias se desenvolvam de forma sustentável, minimizando os impactos ambientais.
Alguns dos principais impactos positivos da transição energética são os seguintes:
- Diminuição da emissão dos gases do efeito estufa;
- Mais inovação tecnológica na área;
- Fomento ao crescimento econômico das empresas do setor;
- Mais segurança energética.
Os números da transição energética
A capacidade instalada de energias renováveis vem aumentando, sobretudo nos países do G20, as maiores economias globais. A meta atual é triplicar a capacidade instalada de geração de energia em âmbito 46mundial até 2030, visando a descarbonizar a economia e neutralizar as emissões de carbono.
Estima-se um acréscimo de 165 GW na capacidade de geração de energia renovável até 2028, e a expectativa é de que o Brasil seja responsável por mais de 65% desse número, o que demonstra a importância do país nesse cenário.
O esperado é que as fontes de energia renováveis passem a corresponder a 42% da geração energética no mundo em 2028, sendo as energias eólica e solar responsáveis por 25% disso. Além disso, a tendência é que o uso de biocombustíveis também aumente — e o Brasil deverá ser responsável por 40% do aumento global dessa fonte de energia.
Os desafios da transição energética
É claro que mudanças dessa magnitude trazem muitos desafios. Um dos principais será equilibrar o foco entre fontes fósseis, como petróleo e gás natural, com a demanda por negócios e produtos com baixa emissão de carbono. Afinal, é evidente que tais fontes de energia continuarão sendo essenciais para a economia por algum tempo.
Assim, uma transição energética justa e eficiente deve modificar a estrutura de sistemas energéticos que já existe há centenas de anos. O objetivo é descarbonizar a economia, reduzindo as emissões. Nesse sentido, a produção e exportação de petróleo com menor intensidade de carbono será estratégica.
E é aí que o Brasil tem uma oportunidade de ouro, já que tem bastante petróleo para exportar. Num futuro próximo, é bastante provável que o país adote uma matriz energética mais limpa e passe a vender petróleo de baixo carbono para outras nações, diminuindo as emissões e contribuindo para a transição energética.
Além disso, é preciso considerar outros desafios, como possíveis atrasos nas respostas a essa nova demanda, o investimento insuficiente em infraestrutura, a dificuldade de aceitação das energias renováveis pela sociedade e a falta de financiamento em países em desenvolvimento.
Como deve ter ficado claro, o setor de energia vem passando por um momento desafiador, e isso exige mudanças estratégicas para lidar com o novo cenário de transição energética. Saber se adaptar a essas mudanças será decisivo para que as empresas se mantenham fortes e competitivas no mercado.